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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Relato de Mãe/ Gabriela e Alice.

Era dia 21/01/2010, exatamente uma semana antes de completar 25 anos. Nessa época fazia farras monstruosas e pra mim qualquer dia era dia...rs

Justamente nesse dia, acordei com uma ressaca arrebatadora e fui trabalhar semi-viva, digamos assim. Dei-me conta que a minha menstruação, que nunca atrasava, havia três dias sem vir. Surtei. Fiz teste de farmácia e para meu desespero, aquelas duas tão temidas tarjinhas cor-de-rosa apareceram. Não me dei por satisfeita, resolvi fazer o Beta. O resultado sairia naquele mesmo dia ás 16h. Longas horas de espera. Então saiu. POSITIVO. Meu primeiro pensamento foi: “F%$*U! Meus pais vão me matar!” Mas logo em seguida, veio uma sensação de felicidade, me tornei mãe no momento em que vi o resultado positivo. Até estufar a barriga eu já estufava.

A reação do pai foi a pior possível, mas essa parte a gente pula. Como contar a minha mãe? Lá vou eu para casa do pai da criança, meu namorado na época. Ele já tinha se recuperado do susto. Pensei que tudo iria se acertar, sossegar. Mas não, logo depois, no mesmo dia á noite recebi a pior notícia da minha vida, havia acontecido uma tragédia na minha família, tudo estava abalado, destruído. 

Resolvi esperar e não contar. Sentia-me muito culpada por estar feliz com a gravidez, num momento tão sombrio e desesperador como aquele em que a minha família estava passando. Mas como esconder da minha mãe, minha melhor amiga, a pessoa que mais me conhece nesse mundo?! Ela logo ia perceber, não queria mentir. Decidi contar no dia do meu aniversário, e assim foi.

Também não tive dela a reação que eu esperava inicialmente. Mas ela tinha milhões de motivos para se preocupar. Um deles foi o fato de eu ter perdido o meu plano de saúde por conta da idade. Depois da reação dela, logo em seguida, ela percebeu a minha frustração, eu acho e veio com todo amor e carinho me dar os parabéns e desejar saúde para aquele “serzinho” que estava dentro de mim. E depois dali, até hoje, meus pais são meus heróis, meus parceiros. Dão-me apoio em tudo e amam a minha filha de uma forma inexplicável.
Contei com muitos anjos durante a minha gravidez. 

Sou eternamente grata a Tia Lêda e toda a sua família que me acolheu e amparou com tanto amor. Também tem Tia Thea, tantos conselhos maravilhosos e tanto carinho. Dr. Wilson, meu obstetra TOP, ele é o cara. Serei eternamente grata a todos e principalmente a minha família.
Tive uma gestação complicada. Duas ameaças de aborto, precisei tomar remédio a gravidez inteira. Alice “encaixou” aos 04 meses e com 06 meses eu já estava tendo contrações. Ouvir do médico que nem chorar você pode para não contrair os músculos, pois o bebê poderia nascer de um “espirro” foi a parte mais difícil. 

Repouso absoluto, e consegui fazê-la esperar até o oitavo mês. Então a minha pequena veio ao mundo ás 08h25min do dia 13/09/2010 de uma cesariana. Estava em êxtase, não conseguia acreditar que ela estava ali. Olhava, mas não entendia, não acreditava. Eu era mãe! Existia agora uma pessoinha que dependia totalmente de mim.

Passei por alguns sustos logo no inicio. Ser mãe é muito difícil. Mas a minha maior alegria, meu maior prazer foi amamentar. Era o nosso momento, só meu e dela. Era como se me fechasse numa bolha e os problemas ficassem lá fora. Era mágico. Fui muito rigorosa com relação a isso, até os 06 meses, foi só leite. Nem água. E ela mamou até 01 ano e 04 meses de vida. O bebê mais tranquilo do mundo. Nunca passei uma noite com ela acordada. Não teve cólica e nem gases. Dormia como um anjo. Chegava a checar para ver se respirava do tanto que dormia.

Durante a gestação, engordei 08 kg. Aceitável, mas não para mim que havia engravidado na minha fase mais gordinha. Com 60 dias de “parida” já havia eliminado 16 kg. No total do dia que ela nasceu até hoje, eliminei mais de 20 kg.

As pessoas me perguntam: como???? Disciplina. 80% é alimentação. Atividade física fica com os 20% restantes. Fui muito radical, acho que nem todo mundo precisa ser tão radical assim. Basta ter bom senso e se alimentar bem. Comer a cada 3 horas (coisas saudáveis viu), ter uma noite de sono com qualidade e fazer atividades físicas. Vale qualquer uma. Gosta de correr, corra. Gosta de dançar, dance. Gosta de patinar, patine. Gosta de pedalar, pedale. O importante é manter o corpo em movimento. E vale lembrar que o mais importante é a saúde. O corpo é a consequência de uma vida saudável. E é bom se olhar no espelho e se sentir bem, não é mesmo?

Passei muito tempo infeliz com meu corpo, nunca estava satisfeita. A autoestima não existia. Hoje sou feliz com a minha escolha de ter uma vida voltada para a saúde, esportes e atividades.

E a minha felicidade reflete também na vida da minha filha. Quero ser um bom exemplo pra ela. Às vezes sinto que não estou à altura de ser mãe de Alice, ela é tão especial, que acho que sou pouco pra ela. Quero que ela sinta orgulho de mim. Sei lá...são coisas que sinto às vezes. Mas no geral, aprendo mais com ela do que ela comigo. Minha vida não existia antes dela, nem lembro mais. Tudo só fez sentido depois que ela chegou. Nosso anjinho de luz. Veio num momento de escuridão e iluminou a vida de toda a minha família.

Mesmo com todas as dificuldades do papel de mãe, estou aprendendo e tentando acertar. Mas se errar, não foi por mal, a intenção é sempre acertar. E entre erros e acertos a gente vai se moldando. Eu e ela. E a nossa família claro.

Sou grata a Deus por ter uma filha tão especial e uma família maravilhosa. Perceber no rosto dos meus pais o brilho e a felicidade quando olham para ela, é essencial pra mim. Palavras não existem para definir. “É muito amor envolvido.”


Espero que tenha conseguido transmitir um pouco da minha história e da minha satisfação em ser mãe! Mesmo com todos os momentos de dificuldades, não me arrependo de nada, faria tudo de novo. Porque por Alice valeu a pena. Ela é a melhor parte de mim.

Um comentário:

Bia disse...

Que lindas mãe e filha!

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