Chego em casa e encontro tudo bagunçado.
Parece impossível, mas, sim! Sim! É verdade! No chão, massinha e resto de biscoito recheado.
Brinquedos espalhados.
Sofá sujo e desforrado.
Pia cheia de pratos.
Resmungo comigo mesma:"sempre sobra pra mim!"
A filha com saudade, fica no meu pé!
Estica daqui e de lá. Quer colo, quer atenção.
Beija minha perna, agarra com força e não quer soltar...
Paro. Respiro. Sento.
Chamo a filha pra perto.
Pergunto se aquilo tudo era saudade e ela diz que sim, cheia de chamego.
Aproveito para chamegar e matar a minha saudade também.
O tempo passa.
Ponho um desenho na tv.
Tomo um banho.
Volto pra sala mais descansada.
A filha continua assistindo desenho.
Varro toda a massinha e biscoitos do chão.
Lavo os pratos.
Arrumo o sofá.
Deito para dormir com ela na sala.
Desligo o desenho da tv.
Deitamos juntas.
Ela dorme antes de mim.
Até que o dia comece novamente.
Até que surja uma nova bagunça.