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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um dia minha (ex) chefe me falou...

Eu estava grávida, de barrigão, trabalhando, quando a chefe do setor me veio com um papo, meio que me dando uma indireta (super direta) de que ela tinha um filho e que sempre trabalhou muito e tals.

Nesse papo (só dela, porque eu fiquei calada) ela comentou que trabalhou até o último dia da gravidez, que saiu do trabalho direto para o hospital. Ohhhh! Que impressionante!

Depois ainda continuou dizendo que tinha voltado a trabalhar com menos de um mês. (Uau! Quando eu crescer não quero ser igual a você! Só isso!)

Eu fiquei olhando bem profundamente para ela e continuei muda. Mas, eu acho que perdi uma ótima oportunidade de falar: "Meu bem, sinto dizer, mas você não é espelho de boa maternidade para ninguém!"


São aqueles SAPOS típicos que a gente costuma engolir quando está trabalhando. Afinal, ela faz da vida o quiser, né? (Se ela não quis ficar o com filho recém nascido...)

O que ela não contou (nesse papo de profissional de sucesso que larga o filho com os outros), foi que a criança pode contar com a "criação" da avó, desde recém nascido e que entrou na mamadeira desde o berçário.

Bom... Essa prática de querer impor sua filosofia de vida para o outro... É uma maravilha! #sqn

Não tenho boas lembranças da época em que estava trabalhando grávida, muito por conta da gestão do setor em que eu trabalhava. Tinha que fazer hora extra não remunerada e ir para eventos nos fins de semana (sem a  mínima necessidade real de eu estar lá), tinha que trabalhar sozinha no atendimento presencial ( de conflito, devido as obras super atrasadas). Existia uma equipe de mais de 10 pessoas e apenas eu (a grávida) que servia para tal função (de escudo).

Me foi dito, "na lata", que assim seria porque eu estava grávida e os clientes (doentes de raiva) ficariam mansos diante de uma gestante. Hahahahahaha! Não preciso nem dizer que não foi bem assim, né? Afinal de contas, o problema deles não era comigo e sim com a empresa e seus atrasos. E minha barriga não tinha super poderes de fazer uma obra ser finalizada no prazo! Kkkkkkkk!

Entendi (bem particularmente) que havia um desejo de que eu pedisse demissão, o que não ocorreu! Engoli meus sapinhos com farofa, trabalhei até uma semana antes da cesária e recebi linha licença maternidade de 4 meses, meu direito legal.

Passada a licença, decidi que não voltaria ao trabalho, por diversos motivos, e o principal deles: nenhum tipo de vínculo ou realização profissional existia alí naquele local para mim. Bola pra frente!



Ficaram os bons amigos, com certeza! :-D

(Mama)


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