Não sei se vou casar, mas sei que serei Mãe! Essa frase
eu falava na adolescência, parece ir contra a ordem natural, mas expressa um
profundo desejo. Mas graças a Deus, não so tenho filha como casei com um homem
incrível que nasceu para ser pai.
Bem, suspeitei que estava grávida, porém os testes de
farmácia deram negativos e na ultrassom apareceu
apenas “um folículo no ovário direito” , o que não confirmava nada. Por isso,
fui fazer o exame de sangue. Minha certeza era tão grande, que enquanto o resultado
não ficava pronto, fui comprar uma linda caixa, luvinhas, toquinha e sapatinhos
para dar a linda notícia para meu marido.
Quando vi o resultado comecei a
tremer,foi muita emoção!. No dia seguinte já estávamos com um obstetra, o qual
nos explicou que para a medicina eu ainda não podia ser considerada uma
gestante,estava muito recente, precisaríamos aguardar que o embrião se instalar
no útero. Ah, mas eu já me sentia A grávida! E com felicidade todos receberam a
notícia.
Nossa, como foi bom estar grávida! Parecia um sonho, nada
tirava minha alegria, afinal era a minha tão sonhada Laís (nome escolhido a
muitos anos pelo papai, que depois acrescentou mais um nome sem minha
autorização. Registrou como Laís Anita, pois eu me chamo Amanda Anita, e esse Anita já é homenagem a minha amada avó.).
Com 31 semanas tive ameaça de parto prematuro, por isso repouso absoluto até
completar 37. No dia 10 de setembro, já com 38 semanas, mesmo tendo entrado em
trabalho de parto, tive que me submeter a uma cesárea de emergência (era
inviável o parto normal). Nossa que dia intenso, que felicidade, que momento
lindo eu vivi. Ela nasceu a noite, por
isso tive a madrugada mais incrível da minha vida. Pedi que a colocasse comigo
na maca, precisava olhar cada detalhe, senti-la e fazer aquele dengo de mãe. Ali
vi o dia amanhecer. Papai dormiu e a mamãe cantou, rezou e conversou muito com
a coisa mais linda do mundo. Na segunda noite quis repetir a dose!
Nos primeiros meses eu e meu marido que dávamos banho e
fazíamos todas as trocas e tudo que ela precisava ficava por nossa conta. Nós
desejamos muito essa filha, foram 8 anos de relacionamento até ela chegar, nos
preparamos, fizemos curso, assistíamos vídeos, programas e leituras sobre bebês.
Sabia que a amamentação poderia não ser tão fácil, tive uma semana difícil,
doía muito, mas depois foi só alegria.
Até o 6º mês ela recebeu apenas o leite materno,
agora com quase 8 meses, estamos na luta para que ela mame menos e coma bem as
papinhas. Apesar de morar tão longe,hoje
é com minha mãe que mais conto e confio para me ajudar nos cuidados com a
pequena. Ela viaja 8 hs, chega sorrindo e não quer desgrudar da neta.
Bem, não consigo falar da mãe que sou sem falar da minha
mãe. Sabe aquela que acorda a noite toda para cobrir os filhos, que é
extremamente amorosa e não dorme enquanto os filhos não chegam? Pois bem, minha
mãe é assim e também tem sido uma vó incrível, que me surpreende a cada dia com
tanto carinho e dedicação com minha filha. Chega a ser emocionante ver as duas
juntas, é um amor que transborda.
Lamento muito por não ter conhecido minha avó materna, a famosa Anita,
por isso quero ver minha filha curtindo muito as duas avos.
Apesar de todas as adversidades do momento em que
engravidei, hoje reconheço que foi o melhor que poderia acontecer, pois ser mãe
me fez perceber que sou mais forte do que eu imaginava. A dor não mais é o
centro, agora tenho uma filha que me faz sorrir e agradecer a Deus por tanta
felicidade. Uma criança muda tudo, e Laís, com seu sorriso fácil e encantador,
chegou para trazer mais leveza, doçura e força para minha vida. Filha, a mamãe
te ama muito!
Amanda Anita, a mãe de Laís Anita e neta de Anita....rs
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