❤ Um Blog para quem curte a maternidade com afeto. ❤

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Relato de Mãe/ Juliana e Elisa e Ana clara e Olívia e Francisco.




Sou de família grande. Sempre imaginei que teria muitos filhos, mas confesso que não os planejei. 

Fui aberta a vida. Primeiro veio Elisa e como o próprio nome diz: alegria em forma de gente. Aprendi a ser mãe sendo. Não tive uma mãe presente, o que me deixou apenas com o exemplo de mãe que a minha avó é, e de uma mãe que eu não gostaria de ser, a minha biológica. E que exemplo! Temos problemas de gerações, ora quem não tem. Se com nossas mães temos, imagine eu com uma mãe-vó.

Com Elisa aprendi que não existe controle nesse lance de ser mãe e que essa coisa de paraíso é estória para mãe, quer dizer, para boi, dormir.  Os maiores desafios foram e estão sendo a jornada. Inclusive Anna Clara, Olívia e Francisco vieram para me confirmar o que eu já sabia: a próxima fase é sempre a mais difícil e eu sigo no lema: “isso também vai passar”.

Elisa era uma menina muito carinhosa (e ainda é), mas que gostava pouco de abraços e de colo. Andou cedo, aos 10 meses já saía correndo pelos corredores dos shoppings, se escondendo em araras de roupa e me fazendo parar um shopping inteiro acreditando que ela havia sido seqüestrada. 

Foi aí que comecei a usar a tal “coleira” para locais públicos (10 vidas a menos eu perdi nessa fase). Tagarela, inteligente, perspicaz e com uma lábia, que Deus me ajude.

Com 1 ano de idade, me parou no hospital em convulsão por conta de uma febre. Induziram coma e me disseram que em 48 horas ela acordava. Passei mais de 3 semanas esperando essas 48 horas chegarem, - e você vem aí me dizer que noite mal dormida com recém nascido é a pior fase da maternagem? Hurum, sei.

Aos 4 anos, ganhou um pai-drasto e, aos 5, uma irmã. Chegava então nosso raio de sol. 

Veja que lindo: já tínhamos a alegria em pessoa, de gênio forte, teimosa no sentido bom da palavra (acredite, existe sentido bom para teimosia quando se é mãe. Se você não conhece, aguarde a próxima jogada) e chegava então a luz do sol. 

Clara é iluminada. Tem uma energia e uma sintonia só dela. Um sorriso, um charme e uma doçura pouco vista por mim em outras crianças de sua idade. Tudo bem que, a tal fase difícil dos 2 anos chegou agora, aos 4, mas eu respiro fundo e lembro do meu lema: “isso também vai passar”e um dia ela voltará a ser aquele doce de menina, eu sei (por favor, que seja). 

Clara chegou em novembro, dia 10 e me ensinou tudo novamente, mas com uma experiência diferente: ter com quem dividir as tarefas com um bebê recém nascido e depois todas em seguida. Eu não tive isso com Elisa então mesmo sendo mãe de segunda viagem eu tinha uma novidade no ar: um pai presente.

Hoje Clara tem a idade de Elisa quando conheci Marcelo. Elas são muito diferentes em comportamento e na forma de dividir e cuidar das coisas, das pessoas, das relações. Elisa é mais individual e Clara é mais coletiva e acho que na maioria das vezes (mães não usam estatística aprofundada, ok?) isso faz com que elas tenham uma harmonia maior. 

Ta, harmonia harmonia (marido me cutucando) eu acho que não... porque os gritos e choros e reclamações são constantes, mas eu acho que no futuro isso vai ter algo de muito bom para acrescentar para as duas: a ceder quando tem que ceder e a dizer não quando tem que dizer não (ufa, tomara!).

E aí veio Olívia, a cereja do bolo... ou melhor, a azeitona (Olívia, Oliva... sacou?) da empada. Uma baianinha arretada que consegue ser amorosa e afetuosa aqui e no, próximo segundo, um leão com sua juba imponente e cheia de não me toques.  Olívia é Elisa em pele de Anna Clara.

Até aqui eu estava feliz. Tinha 3 meninas lindas, saudáveis e com suas peculiaridades, diferenças, belezas e desafios. Mas eu sentia falta do meu João (eu queria um filho João) e até que, no pior momento da minha vida, (juro, foi o pior momento de to-dos) recebo dos céus um guri, não mais João, mas Francisco. 

Um grudinho lindo e simpático que pára tudo e quanto é gente, na rua , com o sorriso gratuito. Meu caçula lindo e dengoso (muito, diga-se de passagem). 

Eu tenho 4 crias, pouco tempo, muitos brinquedos espalhados pela casa, toneladas de roupas para lavar por semana e uma pá de demandas e surpresas e noites mal dormidas e histórias de amor e superação e uma rotina de fazer vocês chorarem de rir ou de pena de mim. 

Amamentei e amamento em livre demanda e sigo criação com apego para citar 2 de algumas opções maternas que existem por aí. 

A questão é que eu não vejo sentido em nada do que eu faço individualmente se não for por elas, por ele. Tenho orgulho de dizer que conheço cada fase dos meus filhos. Que eu os vi dar o primeiro passo (Francisco ainda não andou, mas eu sei que vou estar aqui), falar a primeira palavra e que o dia que um fio de cabelo sai do lugar eu sei que vem febre por aí ou que tem dente nascendo. Conheço cada expressão, cada olhar, cada toque e cada tom de voz.

E que venha o quinto! (daqui uns anos, muitos anos).
<3 o:p="">

Juliana Matos

Fotografa e mãe de 4 (pode rir).

4 comentários:

Natássia disse...

Que lindo, Ju! Emocionante! Ainda mais pra mim, que quero demais ser mãe, e que acompanhei um pedacinho disso de perto.Sei como a Elisa é geniosa (e linda), e como a Clara é uma fofa. A Olívia conheci na sua primeira ultrassonografia, com você :) Ainda quero poder vê-los, os quatro, de pertinho. Muitas saudades de vocês! Beijos.

Gylow disse...

Oi Jú! Foi um prazer enorme ler esse seu relato. Parabéns pela mãe que você é e pela família linda que você tem. Tenho bastante admiração por vocês. Vocês deixaram bastante saudades por aqui. Beijos.

Alexandrina disse...

Parabéns pela linda família! Feliz Dia das Mães! Um abraço fraterno e muitas saudades da sua tia!

Andréa Mascarenhas disse...

Lindo relato. Te vi na campanha da página Crescer Sem Violência do facebook e vim ao teu blog.

Postar um comentário

Quero saber de você, diga!