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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Relato de Mãe/ Girlene e Laís e Nataly



Convidada a fazer um relato sobre minha maternidade, fiquei entre emocionada e apreensiva, pois sou uma mãe muito diferente de todas aquelas que postaram até agora. 

Não tenho sequer fotos de minhas filhas ainda crianças, pois não tinha condições de pagar a um fotógrafo, já que o pouco que ganhava como professora primária, mal dava para as minhas despesas e a de todos os que dependiam diretamente dos meus parcos recursos. 

Por não ter tido também nenhuma foto de minha infância ou adolescência, não sabia que isso era tão importante. Precisava trabalhar triplicado e achava que isso sim, mudaria o futuro de minhas filhas e me dediquei de corpo e alma a mudar a minha realidade e a das minhas filhas. 

Como "escritora", homenageei minhas filhas com um romance para crianças, que nunca publiquei, intitulado "Lana, a bruxinha sapeca", onde narrava as poucas peraltices infantis de minhas filhas Laís e Nataly, daí o nome LANA. 

Seguindo a tradição da dureza e austeridade de minhas avós e mãe, era uma mãe igualmente rígida e muito, muito ocupada. Não tive muito tempo ou condições financeiras ou afetivas para dar às minhas filhas condições de conhecer esse universo mágico e confortável que as mães proporcionam aos seus rebentos. 

Acreditava que o exemplo de superação, labutas e sacrifícios seriam mais importantes e necessários que as mesuras, mimos e vontades, que toda mãe oferece aos seus amados filhos. 

Não sei o que minhas filhas pensam a respeito dessa minha ausência, dessas ausências que podem marcar uma infância. Certamente que ouvi queixas, cobranças, mas o fato que hoje tenho duas excelentes profissionais e mulheres lindas, competentes, filhas das quais me orgulho muito. 

Mas certamente se eu pudesse voltar no tempo, teria tentado ser mais afetiva, mais presente, mais mãe de anúncios de margarina. Só não sei se o resultado seria o mesmo...

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